A ansiedade é um dos transtornos mais comuns do mundo moderno — mas, ao mesmo tempo, é um dos mais mal compreendidos.
Por trás dos sintomas que afetam milhões de pessoas todos os dias, ainda existem ideias erradas, preconceitos e mitos perigosos que dificultam o diagnóstico, o tratamento e a empatia.
Neste artigo, vamos desvendar 7 mitos muito comuns sobre a ansiedade e explicar, com base científica e prática clínica, o que é verdade e o que é puro mito.
Ao final, você terá uma visão mais clara, humana e acolhedora sobre o que realmente significa conviver com ansiedade — e como buscar ajuda sem culpa ou vergonha.
❌ Mito 1: “Ansiedade é frescura”
Realidade: A ansiedade é uma condição psicológica legítima e reconhecida pela medicina e pela psicologia.
Ela envolve desequilíbrios químicos no cérebro, padrões de pensamento negativos e respostas fisiológicas intensas.
Não se trata de fraqueza, falta de fé, drama ou preguiça — é um sofrimento real, que merece acolhimento e tratamento.
❌ Mito 2: “Quem tem ansiedade é fraco ou desequilibrado”
Realidade: Nada mais longe da verdade.
Muitas pessoas com ansiedade são altamente funcionais, inteligentes, sensíveis e responsáveis.
Na verdade, em muitos casos, a ansiedade surge justamente por excesso de cobrança, perfeccionismo, autocobrança e medo de falhar.
Ou seja: os ansiosos frequentemente são os que mais tentam dar conta de tudo — até que o corpo pede socorro.
❌ Mito 3: “É só respirar fundo que passa”
Realidade: Técnicas de respiração ajudam, mas não resolvem sozinhas o problema.
A ansiedade pode ter raízes profundas, como traumas, estresse crônico, baixa autoestima e até mesmo predisposição genética.
Respirar pode aliviar na hora, mas o tratamento efetivo exige autoconhecimento, psicoterapia e, em alguns casos, acompanhamento psiquiátrico.
❌ Mito 4: “Ansiedade é coisa de mulher”
Realidade: A ansiedade afeta homens, mulheres, adolescentes, idosos… ninguém está imune.
O que acontece é que muitas mulheres buscam mais ajuda e falam mais sobre o que sentem — enquanto os homens, em muitos contextos, ainda se sentem pressionados a “aguentar calados”.
A ansiedade não tem gênero. Tem causas.
❌ Mito 5: “Remédio vicia”
Realidade: Medicamentos para ansiedade só causam dependência quando usados de forma inadequada ou sem supervisão médica.
Quando prescritos por um profissional, eles podem ser ferramentas temporárias e muito eficazes para aliviar sintomas intensos e permitir que a pessoa volte a ter qualidade de vida.
Tomar remédio não é fraqueza. É cuidado.
❌ Mito 6: “Quem tem fé não sente ansiedade”
Realidade: Ter fé é um grande recurso emocional, mas não elimina a ansiedade automaticamente.
Muitas pessoas religiosas vivem com ansiedade intensa e se sentem culpadas por isso.
Na verdade, fé e saúde mental podem e devem caminhar juntas. Buscar ajuda não significa falta de espiritualidade, mas sim, coragem para cuidar do corpo e da mente que Deus nos deu.
❌ Mito 7: “A ansiedade nunca tem cura”
Realidade: Ansiedade tem tratamento, sim — e muita gente se cura ou aprende a viver bem com ela.
Com o suporte certo, é possível:
- Reduzir os sintomas
- Entender e mudar os gatilhos
- Fortalecer sua autoestima
- Voltar a ter controle sobre seus pensamentos
- Viver com mais leveza, segurança e equilíbrio emocional
A cura é um processo individual, e muitas vezes ela não é a eliminação total da ansiedade, mas o desenvolvimento de uma nova relação com ela: mais consciente, mais madura, mais leve.
✨ Informação liberta — e cura
A ansiedade só se torna um monstro quando está envolta em silêncio, tabu e desinformação.
Ao desmistificar esses mitos, abrimos espaço para:
- Mais empatia
- Mais acolhimento
- E um caminho real de transformação
Se você ou alguém que você ama sofre com ansiedade, saiba que não está sozinho(a) — e que existe, sim, uma saída.
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A terapeuta Edna Mesquita oferece um espaço de escuta, acolhimento e tratamento profundo para pessoas que vivem com ansiedade.
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